A LIÇÃO DO I SEMINARIO DO CENTRO OESTE EM GOIÂNIA .por Janio Batista Macedo Via Faccebok

Foi o melhor e um dos importante investimento da Força Sindical Nacional. Na avaliação dos dirigentes que participaram do I SEMINARIO DO CENTRO OESTE que aconteceu em Goiânia (10 a 12 de agosto), com a presença de mais de 100 dirigentes sindicais vindo dos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, os recursos aplicados para este evento obteve um resultado de valor incomensurável. Um evento que marcou historicamente a vida de todos participantes e daqui prá frente o Seminário deverá acontecer anualmente a fim de construir a agenda propositiva visando a qualificação política dos dirigentes, bem como proporcionar o debate de avaliação apontando novos cenários para o desenvolvimento sócio político econômico do Centro Oeste.

O Seminário foi uma verdadeira lição para os dirigentes sindicais despertando a necessidade de se tornar agentes políticos para interferir e apontar os caminhos lá no seu estado caso contrário, ficarão a reboque da conjuntura local. O Seminário vai ter daqui por diante a característica de ajudar a construir o protagonismo sindical na conjuntura do Centro Oeste dentro de um planejamento coletivo acertado visando o crescimento da classe trabalhadora e sua qualidade de vida.  Durante três dias os dirigentes debruçaram a atenção em cima do tema do seminário: “Temos Força Para Lutar”. Na agenda do Seminário foi discutido temas como a Conjuntura Sindical do País, Análise e Perspectiva Socioeconômica da Região Centro Oeste, Conjuntura da Política Nacional, Conjuntura Econômica do País. Os painéis desenvolvidos por consultores e assessores experientes como João Carlos Gonçalves (Juruna), Secretário Geral da Força Sindical, Luiz Salomão, Antonio Rogério Magri, João Guilherme Vargas Neto, Consultor Político e Clemente Gans Lúcio, Diretor Técnico do Dieese.

Para o Secretário de Relações Sindical da Central e diretor de Finanças da CNTM, Geraldino dos Santos; “o seminário foi construído visando desenvolver uma política de integração da Central Nacional com suas regionais, provocando ainda as discussões das particularidades de cada estado”. Isso se constatou no decorrer do seminário! Houve intercâmbio natural fora das plenárias onde as discussões afloravam nas reuniões informais entre os dirigentes que buscavam a sintonia nas avaliações e trocas de experiências das ações sindicais. Foi unânime as opiniões dos dirigentes sobre a intensa participação todos que estiveram atentos às apresentações dos painéis como nas participações dos debates - coisa rara ultimamente nos eventos dos movimentos sindicais.   O resultado foi exatamente a possibilidade que todos tiveram que fazer análise das suas ações enquanto sindicalistas avaliando as perspectivas sócio políticas e econômicas que acena ao futuro próximo e urgente de cada um dos estados que compõe o Centro Oeste. Uma das análises constata-se que o Centro Oeste deverá ter muita à atenção não só do Governo Federal como também dos grandes investidores nacionais e internacionais que já tem claro onde e como colocar seus investimentos.

O Governo Federal com as ações do PAC já desenvolve projetos em obras como moradias e infra estruturas  necessárias onde os prefeitos conseguem via política ou através de bons projetos consolidar a canalização desses recursos. Por outro lado, os governos estaduais tentam atrair os investimentos proporcionando condições favoráveis para conquistar a entrada das indústrias visando alavancar o desenvolvimento e consolidar novas alternativas para atender a demanda dos empregos. Quando isso acontece há sem dúvida um salto de qualidade na vida na população da cidade que acolhe esses investimentos. O Seminário concluiu que a região Centro Oeste só pode ter um destino; um novo futuro, outra história para ser escrita e construída.  Mobilizar as energias e as utopias dos dirigentes sindicais, bem como da  sociedade, articulada e organizada em um plano consistente que poderá levar à recuperação do tempo perdido e apostar no avanço rumo a dias mais dignos e melhores!

Temos desafios possíveis de superá-lo.  Uma das deliberações do seminário foi à construção de plenárias Estaduais que reproduzam essas discussões além de buscar a reorganização da Força Sindical na região. Os dirigentes nessas plenárias deverão através de painéis pré-elaborados construir e analisar estudos prospectivos para a construção de cenários tenha exatamente o propósito de reduzir as incertezas e antecipar os futuros possíveis e prováveis. O planejamento estratégico sindical e regional, apoiado nesses cenários, tem por objetivo instrumentalizar de modo eficaz os sindicalistas, os gestores do setor público ou privado, na construção de um futuro e criar bases de informações essenciais à tomada de decisão, seja para aproveitar as oportunidades antecipadas pelos cenários, seja para neutralizar as ameaças de desconstruir as conquistas dos trabalhadores. Assim, o primeiro passo do planejamento estratégico é a construção de cenários lastreados em hipóteses coerentes e consistentes de futuros plausíveis. Desenhando possíveis cenários para o Centro Oeste, governos, empresas, públicas e privadas, instituições políticas, sindicatos e associações diversas da sociedade poderão planejar suas decisões e os investimentos com antecipação. O movimento sindical através da Central Regional deverá ser protagonista dessas ações.

No caso de governos, definindo e implementando estratégias que resultem na geração de mais emprego e renda, com elevação da qualidade de vida da classe trabalhadora. O Centro Oeste tem sido, desde sua criação, penalizado por não contar com um planejamento estratégico sistemático, o que agrava ainda mais os danos causados pela descontinuidade de suas ações no âmbito político-administrativo. Em outras palavras, cada governo que entra quer fazer tudo novamente. Esse ciclo vicioso, no entanto, já tem data e hora de acabar, porque o governo e sociedade estão se empenhando na elaboração de análises prospectivas e adoção de técnicas de planejamento estratégico para a Região. Haja vista as reuniões sistemáticas dos governadores do Centro Oeste com pautas específicas. A últimas delas aconteceu neste mês de agosto em Cuiabá MT.  Dois desses instrumentos precisam ser construídos. O primeiro é o estudo de cenários para o Centro Oeste, do qual inferiu-se uma imagem de futuro desejado.


O segundo, um conjunto formado por opções estratégicas para o período pré determinado e uma agenda de prioridades de curto prazo. A FORÇA SINDICAL através de seus dirigentes estaduais deverão estar a frente desse processo apresentando propostas, ajudando a construir esse processo e apontando novos rumos. O I SEMINARIO DO CENTRO OESTE foi uma primeira aula e teve como tarefa a lição que foi e será a avaliação da nossa ação sindical, na perspectiva de ampliar os conhecimentos das potencialidades do estado onde vivemos, conhecer os cenários para ser protagonista do desenvolvimento local e nossa ação deverá acontecer com a capacidade de ajudar a construir o Centro Oeste que queremos para a classe trabalhadora. Como diz no velho latim: “Volenti nihil difficile” -  A quem quer, nada é difícil.

Prof. Jânio Batista de Macedo – Presidente Estadual do SINDNAPI MS. Diretor da Força Sindical de MS  - http://www.facebook.com/profile.php?id=100000635282718